Angola: Abu Dhabi Ports “interessado” na gestão da Empresa Portuária do Lobito

Com um orçamento de um bilhão de dólares, a Abu Dhabi Ports está à procura de projectos em África numa tentativa de igualar o seu arqui-rival DP World.

Apoiado pelas mais altas autoridades do emirado, a empresa estatal do Emirado, que em menos de dois anos passou de player sub-regional a gigante global, ainda assim luta para construir um império africano adequado.

Em Angola, “a Abu Dhabi Ports cobiça o terminal de contentores do porto do Lobito e o corredor logístico utilizado para o transporte de minério até ao terminal mineiro do porto”, anteriormente conhecido como Caminho de Ferro de Benguela.

Já na RDC, a Abu Dhabi Ports está interessada no porto de Matadi.

Segundo o África Intelligence, a Abu Dhabi Ports escolheu Angola como alvo prioritário poucos meses depois de a DP World ter ganho a gestão do terminal multiusos do Porto de Luanda.

O mesmo aconteceu na RDC, “onde o grupo entrou em contacto com as autoridades locais, numa altura  em que lutavam para concluir um acordo com a DP World para a gestão do Porto da Ilha de Banana, situado nas proximidades da foz do rio Zaire”.

Na Namíbia, a Abu Dhabi Ports interveio depois que a DP World assinou um acordo em 2019 para desenvolver uma zona franca em Walvis Bay.

O único país africano onde a Abu Dhabi Ports precedeu o seu rival do Dubai é a Guiné, onde tem uma concessão para desenvolver um terminal de contentores  no porto mineral de Kamsar.

Mas este contrato,  até o momento, não foi resultado de iniciativa própria do grupo. Simplesmente seguiu os passos do fundo soberano do emirado, que investiu na Guinea Alumina Corp (GAC) e na holding EN+ de Oleg Deripaska.

Ambos estão activos na exploração de bauxita, da qual Kamsar é a principal porta de saída.

 

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