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Angola/Cafunfo: “Sobre o desfecho de Cafunfo” – Carlos Alberto

A demissão dos dois efectivos da Polícia Nacional, que maltrataram compatriotas nossos no episódio de Cafunfo, pelo vídeo que circulou nas redes sociais, era previsível. O Comandante-Geral Paulo de Almeida tomou a decisão certa.

Entretanto, no comunicado da Polícia, fica provado, mais uma vez, que houve mesmo um ataque à esquadra da PN (esta era a minha dúvida).

Neste aspecto, penso que os órgãos de Defesa e Segurança, tal como já avancei, falharam no estudo do caso.

Era preciso que as nossas autoridades tivessem a capacidade de prever tal ataque.

Os vários serviços de investigação do Estado têm de ter a capacidade de prevenir crimes. Os infractores deviam ser detidos antes do ataque para que se pudesse evitar perda de vidas humanas. E hoje os dois efectivos da PN, se calhar, também não teriam necessidade de fazer o que fizeram. Mais duas pessoas vão para o desemprego por negligência.

Pagam os dois efectivos da PN (a corda rebentou no lado mais fraco) com a sua demissão das forças mas os nossos órgãos de Defesa e Segurança devem fazer uma introspecção sobre o seu modus operandi nestes casos.

Com a aproximação das eleições, é possível que se agende mais ataques a esquadras e instituições do Estado para se provocar tumultos premeditados e reacções da comunidade internacional – e tudo podem fazer para haver mesmo mortes de populares – de forma premeditada, com apoio de organizações secretas, uma vez que a UNITA actual está a trabalhar muito com o populismo para se ganhar simpatia pública a todo o custo.

É preciso cortar o mal pela raiz e não estarmos sempre a apagar incêndios que já deflagraram e que provocaram uma imagem negativa para o actual Titular do Poder Executivo.

Carlos Alberto 

 

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