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Angola: Conselho de Ministros (CM) aprova “proteção social” para desportistas profissionais

A Comissão Económica do Conselho de Ministros angolano aprovou hoje o regime de proteção social obrigatória para os desportistas profissionais que visa assegurar o pós-carreira, diminuição de capacidade e situações de maternidade.

Segundo o comunicado final da reunião, a que a Lusa teve acesso, foi aprovado um decreto presidencial que estabelece o Regime de Proteção Social Obrigatória do Praticante Desportivo Profissional, que consagra regras específicas da relação jurídico-contributiva prestacional, com base na incidência contributiva, no âmbito material das prestações e na idade da reforma.

O comunicado sublinha que este diploma vem melhorar a relação contributiva das entidades desportivas e dos praticantes desportivos profissionais, no processo de inscrição dos segurados e na arrecadação das contribuições para a proteção social obrigatória, assegurando a efetiva proteção dos desportistas nas situações de diminuição da capacidade de trabalho, de maternidade e de velhice.

Foi também hoje analisado o Relatório de Execução da Programação Financeira Anual do Tesouro Nacional de 2021, constatando-se que “foram efetivados os principais pressupostos do Orçamento Geral do Estado”, o que permitiu alcançar o bom desempenho dos indicadores macroeconómicos programados.

Na reunião orientada pelo Presidente de Angola, João Lourenço, foi também aprovada a Programação Financeira Anual do Tesouro Nacional para este ano, bem como para o primeiro trimestre de 2022, documentos que contêm a projeção das entradas e saídas de recursos financeiros nos períodos em referência, registando operações com incidência direta e indireta de tesouraria.

Ainda no domínio das finanças públicas, “a Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou as Regras Anuais de Execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício económico de 2022, diploma que tem como finalidade orientar o processo de execução do OGE no ano em curso, tendo em conta a necessidade contínua da melhoria da qualidade da despesa pública, o aprimoramento dos mecanismos de prestação de contas e a garantia da dinamização do processo de disponibilização de recursos financeiros para a aquisição de bens e serviços pela Unidades Orçamentais e Órgãos Dependentes”.

A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou também medidas de gestão das pescarias marinhas, continental e aquicultura, bem como do sal, para este ano, diploma que estabelece um conjunto de regras anuais de gestão e controlo dos recursos biológicos aquáticos existentes nas águas sob jurisdição do Estado angolano.

Estas medidas visam garantir o cumprimento dos objetivos previstos no Plano de Ordenamento de Pescas e da Aquicultura para o quinquénio 2018-2022, através da adoção de mecanismos mais adequados à atual situação dos recursos aquáticos e ao contexto económico e social do país.

Também no domínio das pescas, foram hoje aprovadas as Medidas de Abastecimento Técnico-material do Plano Integrado de Aceleração da Agricultura e Pesca Familiar referente ao ano em curso, instrumento que contém as linhas gerais para a concretização das ações de apoio ao abastecimento técnico e material, cujos principais beneficiários serão desmobilizados, jovens e mulheres rurais, inscritos nas escolas de campo, nas cooperativas ou que operem individualmente ou em família.

“Com a aprovação deste documento, o executivo pretende resolver o problema da insuficiência de fatores de produção, como sementes, fertilizantes, vacinas, redes de pesca e anzóis, garantindo deste modo o aumento da produção, da produtividade e do emprego, com consequências positivas para a segurança alimentar e nutricional e para a diversificação sustentável das exportações”, refere o comunicado.

 

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