Fonte da PGR confirmou à imprensa que a directora da Saúde, Victória Cambuanda, está implicada no crime de peculato, violação das normas de execução e orçamento, bem como falsificação de documentos, encontrando-se nessa altura em prisão domiciliária (por motivos de saúde).
No mesmo processo está arrolado o funcionário do Gabinete Provincial da Saúde, Armando António Fernandes, que se encontra detido no estabelecimento prisional do Caboxa.
De acordo com uma nota do Gabinete de Comunicação Social do Governo do Bengo, a governadora Mara Quiosa suspendeu a directora da Saúde para responder ao processo.
Para garantir o funcionamento da instituição, a governadora indicou, interinamente, Guilhermina Ermelinda Ketori Guilherme.
Servidores públicos entregues à justiça
Em Junho deste ano, o Procurador-Geral adjunto da República para a Região Norte, João Luís Freitas Coelho, disse, em Caxito, existirem processos em que estavam a ser investigados crimes de natureza patrimonial e financeira no Governo Provincial do Bengo.
Nesta senda, está detida no estabelecimento prisional do Caboxa, desde 13 de Outubro, a ex-administradora do Ambriz, Joana Pinto, acusada de desvio de fundos durante o seu mandato (2015 a 2018).
Em julgamento está João Paulo, que exerceu o cargo de director do Gabinete do ex-governador do Bengo, João Bernardo de Miranda, acusado de corrupção activa e passiva, bem como recebimento indevido de vantagens.
Arrolados no mesmo processo estão a ex-directora do Gabinete Jurídico do Governo do Bengo, Maria Francisco, e o ex-director do Gabinete de Urbanismo e Habitação, Félix Simão, pelo recebimento de 150 milhões Kz da empresa AS para a facilitação do título de direito de superfície de 150 hectares na localidade do Musseque Trindade, município do Dande.
Na semana finda, “o Tribunal de Comarca do Dande condenou o antigo administrador municipal do Ambriz, José Muginga, pelo crime de peculato, a quatro anos de prisão, mas com pena suspensa”.
Em Agosto deste ano, o antigo administrador do município dos Dembos, Mateus Domingos Diogo Manuel, foi condenado a dois anos de prisão, com pena suspensa por três anos, pelo crime de peculato.