O Banco Nacional de Angola (BNA) vai colocar em Abril deste ano, no circuito financeiro do país, a moeda metálica de 200 kwanzas.
O lançamento da moeda acontece por ocasião das comemorações do 20º aniversário da paz e reconciliação nacional, a assinalar-se a 4 deste mês, cuja proposta foi aprovada e autorizada pela Assembleia Nacional em Novembro de 2021.
A informação foi reiterada hoje, quarta-feira, nesta cidade, pelo vice-governador do BNA, Manuel Tiago Dias, na abertura do VI Encontro Nacional de Tesouraria do Banco Central, que Malanje acolhe.
O responsável não avançou mais detalhes sobre o projecto, referindo apenas se tratar de uma medida que visa melhorar serviços e pagamentos.
Manuel Tiago Dias anunciou ainda a conclusão e entrada em funcionamento, este ano, de um Centro Logístico de Armazenamento, tratamento de notas e moedas metálicas (Cash Center), destinado a elevar a capacidade de processamento e de armazenamento de valores.
A unidade surge da necessidade de modernização da gestão do meio circulante e terá capacidade de atender em simultâneo, sete instituições bancárias com a injecção e disponibilização de notas e moedas em grandes quantidade e qualidade nos bancos comerciais.
Por outro lado, “exortou aos bancos comerciais no sentido de envidarem esforços em parceria com os provedores de equipamentos, com vista a manter os caixas automáticos permanentemente abastecidos de dinheiro, para se evitar as enchentes”.
Apelou aos cidadãos no sentido de conhecerem as características físicas e os elementos de segurança das notas e moedas metálicas em circulação no país, como forma de identificarem facilmente dinheiros falsos e travar a sua circulação no mercado.
Por sua vez, o vice-governador de Malanje para o Sector Político, Social e Económico, Domingos Eduardo, destacou a importância do encontro, na medida em que vai abordar a problemática da banca e do meio circulante do país, rumo ao crescimento da economia.
Entretanto, solicitou a expansão dos bancos comerciais pela província, com vista a satisfação das necessidades dos cidadãos.
O encontro terá duração de dois dias e visa, entre outros aspectos, analisar a problemática da banca e promover a troca de experiências nos vários domínios da banca, incluindo a gestão do meio circulante, de acordo com as normas e práticas internacionais.
Temas como circulação monetária, gestão de meio circulante durante a Covid-19, ética nas tesourarias, levantamento de numerários, papel da banca comercial na gestão do meio circulante, desafios no processamento e destruição de notas em substrato de polímero e reciclagem de resíduos, constam das abordagens.
O encontro conta com participação de membros de conselhos directivos de bancos comerciais angolanos e de altas entidades do BNA, empresas produtoras de notas, economistas e outros, para além de representantes dos Bancos Centrais de Portugal, Moçambique, Cabo Verde e Ruanda, os dois últimos de forma virtual.
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