Angola: Militantes da UNITA descrevem situação em prisões no Uíge como “Inferno na Terra”

“Inferno na terra” é como alguns milittantes e simpatizanes da UNITA descreveram as condições em que estiveram presos durante quatro meses após confrontos com elementos do MPLA a 19 de Março, no município de Sanza Pombo na província angolana do Uíge.

Os 26 detidos foram libertados na sexta-feira por ordem de um tribunal local.

Neto Zacaria disse que “havia momentos em que passávamos fome e sem água para beber” e acusou agentes de desviarem comidas e bens enviados pelas famílias “dos presos políticos que se encontravam detidos na comarca do Congo”.

Ólavo Castigo disse que haviam encontrado presos em condições críticos de saúde “pele e osso como nos campos de concentrações dos presos do tempo de Hitler”.

Olavo Castigo, revelou a existência de grande de tuberculose entre os reclusos na comarca do Congo na província Angolana do Uíge.

“Há muita gente com tuberculose lá, encontra pessoas cheio de sarna e piolhos, algo muito grave, considero aquilo espécie de um inferno na terra, são lembranças não boas”, lamentou Castigo.

João pedro, outro recluso acrescentou que “as humiliações não faltavam” afirmando que houve ocasiões em “um mais velho chegar a ponto de ser punido por um menor de 15 anos a limpar o chão por uma semana e defecar ao ar livre”.

A VOA procurou ouvir a versão oficial das autoridades locais, mais sem sucesso.

A 19 de Março, apoiantes dos dois maiores partidos de Angola entraram em confrontos em Sanza Pombo, dos quais resultaram 20 feridos e 26 detidos, todos da UNITA.

Ambos lados acusaram-se mutuamente pelos confrontos.

 

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