O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino de Azevedo, defendeu hoje em Luanda a importância do reforço da participação de empresas angolanas nas diversas áreas de prospeção petrolífera no país.
O governante, que falava na sessão de abertura do seminário “Conteúdo Local, para o Fortalecimento do Empresariado Angolano”, iniciativa do seu ministério e da ANPG – Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, considerou ser “imperioso” inserir “um número significativo e crescente no leque de empresas angolanas e locais nas empresas operadoras e grandes prestadoras de serviços”.
Esses serviços, enumerou, incluem “os processos, sistemas, capital humano e nas áreas chaves, tais como engenharia, manutenção técnica, prospeção e produção e aprovisionamento de materiais e equipamentos especializados”.
“Importa realçar, que para um melhor aproveitamento das oportunidades, as empresas nacionais, para além do ‘know-how’ e domínio das tecnologias requeridas para o fornecimento de bens e prestação de serviços no setor [dos petróleos], devem igualmente aperfeiçoar os aspetos ligados à qualidade, eficiência e produtividade”, destacou.
As empresas angolanas “precisam também de ter robustez, e capacidade financeira para a sua inserção no negócio de petróleo e gás”, alertou Diamantino de Azevedo, que apelou na sua intervenção à banca para “proativamente” garantir o apoio necessário.
Azevedo enumerou ainda os passos legislativos que já foram dados para o enquadramento legal da participação das empresas angolanas nas várias dimensões do setor dos petróleos.
O ministro identificou também os constrangimentos por que passa a indústria petrolífera angolana nos últimos anos, tais como o declínio acentuado da produção que se observa desde 2016, originado pelo baixo nível de investimentos nas atividades de exploração, pela não realização de licitações de novas concessões desde 2012 e as constantes oscilações do preço do barril de petróleo desde finais de 2014.