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Angola: MPLA recusa debater a “greve dos professores universitários” no Parlamento

A UNITA não acredita que problemas técnicos tenham impedido a difusão em direto da votação pela televisão. O MPLA chumbou o requerimento do debate pela oposição.

A proposta União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) foi chumabada pela maioria governamental. da No mês passado, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) recusara igualmente debater o processo de combate à corrupção e a greve dos taxistas, ocorrida a 10 de janeiro, que culminou com a destruição de instalações do partido no distrito de Benfica, em Luanda.

Também esta proposta fora apresentadas pela UNITA.

Na sessão plenária desta quinta-feira (24.02), a UNITA procurou a aprovação de outras duas propostas sobre uma “audição parlamentar à Comissão Nacional Eleitoral (CNE)  e a criação de uma “comissão eventual para o acompanhamento do processo eleitoral”.

Estas duas propostas foram afastadas da agenda sem o conhecimento do proponente.

O Presidente do grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka, protestou contra o ato considerando que “o que vivemos hoje é muito grave. Propusemos-nos a cumprir e a fazer cumprir a Constituição e as leis; mas é na casa das leis de onde parte censura,a violação das mesmas”, disse.

Face á alegada censura parlamentar, Liberty Chiaka questiona: “Que mensagem vamos transmitir ao país? Que mensagem à juventude? Que mensagem para o futuro que se quer de confiança, de liberdade?”.

Corte na transmissão em direto

O líder da bancada parlamentar da UNITA na Assembleia Nacional, não acredita na justificação de que alegados problemas técnicos impediram a transmissão em direto da apresentação do requerimento do seu partido.

“Houve corte de forma intencional. Os senhores jornalistas estiveram aqui, foram convidados a sair da sala para não cobrirem apresentação do requerimento do Grupo Parlamentar da UNITA”, denuncia Chiaka.

Em resposta, o presidente do Parlamento angolano, Fernando da Piedade Dias dos Santos, disse que vai exigir esclarecimentos à secretária-geral da Assembleia Nacional. “Vou saber o que se passa”, garantiu.

Requerimentos ainda em análise

Dias dos Santos assegura que os outros requerimentos da UNITA estão em análise nas comissões de trabalhos especializados da Assembleia Nacional.

“Vamos aguardar pelos resultados que as comissões vão apresentar para decidirmos. Por isso, os quatro requerimentos têm devido tratamento”, assegura Dias dos Santos.

Entretanto o parlamento aprovou por unanimidade o projeto de lei sobre o Direito à Petição, iniciativa da UNITA, e a proposta de lei sobre a Ação Popular, apresentada pelo Executivo.

Os dois diplomas visam reforçar o exercício da cidadania em Angola.

 

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