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Angola: “MPLA tem medo de enfrentar Adalberto Costa Júnior” – Marcolino Moco

O ex-primeiro-ministro angolano e militante do MPLA, Marcolino Moco, afirmou que o partido no poder, tal como o líder João Lourenço, têm medo de enfrentar o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, nas próximas eleições gerais. Recorde-se que o sufrágio está previsto para agosto. 

O motivo desta observação, explicou em entrevista à Emissora Católica de Angola, deve-se ao facto de João Lourenço recear as qualidades de Costa Júnior, “porque fala muito, fala bem, é articulado”. O líder do MPLA prefere disputar as eleições com outra figura. 

No entanto, Moco considera que tal vai contra os princípios democráticos. Têm sido tomadas várias medidas contra o representante da maior formação política da oposição angolana, prosseguiu, como “jogar contra a cor da pele dele, fake news”, a anulação em 2021 do Conclave que o elegeu como presidente da UNITA, entre outras.

Tudo para afastar o visado da corrida eleitoral.

Para sustentar as suas afirmações, o militante do MPLA citou o facto de, no seu entender, o MPLA, através do Tribunal Constitucional, estar a preparar a anulação dos últimos Congressos da UNITA e do MPLA, para que os dois maiores partidos do país cheguem às eleições de agosto com as configurações anteriores aos congressos de 02 a 04 (XIII da UNITA) e 09 a 11 (VIII do MPLA) de dezembro do ano passado.

Em reação a estas declarações, o Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, João Pinto, garantiu que o seu partido não teme o presidente da UNITA. “Se nem Savimbi se temeu, vai se temer Adalberto Costa Júnior?”, questionou, acusando Marcolino Moco de estar a ter atitudes deploráveis. 

“Um mais velho tem de saber qual o seu lugar. Não pode querer ora ser teólogo, ser religioso, ser do MPLA, ser da oposição, estar no muro… Um líder deve saber quem são os seus amigos, quem são os seus adversários e quem são os seus inimigos. Um militante do MPLA defende o seu partido para manter a conquista do Poder. Um militante da UNITA defende o seu partido, para manter a conquista o Poder”, concluiu.

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