Os professores do ensino superior público confirmaram nesta quarta-feira, 5, que mantêm a greve por tempo indeterminado, reiniciada no dia 3 de Janeiro, depois da mesma ter sido suspensa em Novembro, por alegado incumprimento das promessas feitas pelo ministério da tutela. “Não podemos continuar a ceder”, afirma secretário-geral do sindicato da classe.
Em conversa com a VOA, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) disse que a entidade patronal voltou a não cumprir as promessas que constam do memorando de entendimento assinado entre as partes.
“Não podemos continuar a ceder”, afirmou Eduardo Peres Alberto .
A paralisação, segundo Peres Alberto, abrange as aulas à distância, os trabalhos de fim de curso e outros serviços académicos, em função da suspensão das aulas presenciais determinada pelo Governo devido ao aumento de casos da Covid-19.
A greve nas unidades orgânicas públicas, iniciada no dia 10 de Novembro, foi interpolada nove dias depois, na sequência da assinaturade um “memorando de entendimento” entre o sindicato e os ministérios das Finanças, do Ensino Superior e do Trabalho e Segurança Social.
Com base nos entendimentos alcançados, “o Governo prometeu elevar o salário do professor catedrático ao equivalente a cinco mil dólares e dois mil dólares para o professor assistente estagiário”.
Das reivindicações do SINPES constam ainda o seguro de saúde, melhoria das condições de trabalho, infra-estruturas para as instituições de ensino superior, formação dos docentes e trabalhadores não docentes e um fundo de investigação científica e publicações.