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“Angola recebeu 200 novos projetos industriais desde 2018” — Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço

O Presidente da República de Angola (PRA), João Lourenço disse hoje que entre 2018 e 2022 foram implementados em Angola mais de 200 empreendimentos industriais “de grande impacto”, que geraram mais de 10 mil postos de trabalho.

O chefe do executivo angolano, que inaugurou a 5.ª edição da Expo-Indústria, em Luanda, sublinhou que neste período, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real para a indústria transformadora registou um acumulado de 7,7%, destacando-se o ano de 2022 com um crescimento na ordem de 6%, superando a projeção prevista no Orçamento Geral do Estado.

João Lourenço apontou o impacto dos mais de 200 projetos industriais, com destaque para o setor alimentar, para a criação de emprego e a autossuficiência em bens essenciais de consumo, sublinhando que é preciso continuar a aumentar a produção nacional para reduzir os preços, reduzir as importações e aumentar as exportações.

Assinalou ainda “o esforço que o país vem realizando nos últimos anos” em termos da melhoria das infraestruturas, realçando o aumento da energia elétrica produzida a partir de produção hidroelétrica e fotovoltaica, a expansão das linhas de transporte de energia e os investimentos programados para o setor das águas.

O setor dos têxteis, da produção alimentar, da indústria extrativa e transformadora das rochas graníticas e ornamentais, da refinação do sal e também o da metalomecânica são alguns dos exemplos que deu em termos do desenvolvimento das cadeias de valor produtivas nacionais, desde a matéria-prima até ao produto transformado.

João Lourenço falou ainda do arranque de três fábricas têxteis, para potenciar as indústrias de confeções e moda, do crescimento da agroindústria e da necessidade de desenvolver outros setores, como as moageiras, curtumes, estaleiros, pescas, e saúde, entre outras.

“Precisamos de atrair as multinacionais da indústria farmacêutica a implantar fábricas em Angola para produzir os medicamentos e as vacinas que consumimos e exportar o excedente”, afirmou.

Apelou ainda aos investidores privados que queiram apostar na indústria naval com estaleiros para a construção e reparação de embarcações para a indústria petrolífera, pesqueira e mercante face à perspetiva de retoma da exploração do minério de ferro e sua transformação em aço.

A 5.ª Expo-Indústria decorre entre hoje e sábado na Zona Económica Especial Luanda-Bengo e conta com mais de 230 expositores.

 

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