Angola: Serviço de Investigação Criminal (SIC) interroga Miss Huíla 2018 suspeita de raptar namorado no quadro da “procura da verdade material”

A Miss Huíla 2018, Beatriz Alves, suspeita de rapto do namorado, em 2021, foi interrogada hoje pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), no quadro da “procura da verdade material”.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) efectuou a audição no seguimento de uma jurisprudência do Tribunal de Comarca do Lubango que determinou, em Outubro de 2022, a reabertura do processo-crime que envolve a ex-miss.

Beatriz Alves foi ouvida pelo departamento de Combate ao Crime Organizado, em virtude do mesmo encontrar “fortes indícios” que a envolve no crime de rapto do seu suposto namorado.

O aludido processo data de Dezembro de 2021, em que Beatriz Alves inicialmente estava implicada num crime de roubo, rapto e tentativa de homicídio em que foi vítima um suposto namorado dessa Miss Huíla 2018.

Beatriz Alves chegou a ser detida por oito dias (29 de Dezembro de 2021 a 7 de Janeiro de 2022), mas acabou solta, após depoimentos dos principais suspeitos que a ilibaram, passando de arguida a declarante, por insuficiência de prova.

Trata-se do processo número 03/1884/22, indiciada no crime de rapto, praticada em companhia de um suposto grupo de marginais, composto por Gerson Ramos e António Fernandes, já julgados e condenados a 13 anos de prisão, pelo Tribunal de Comarca do Lubango.

Entretanto, durante o período em que a Miss Huíla esteve fora das acusações, supostamente emitia mensagens a um dos funcionários do estabelecimento penitenciário do Lubango para junto dos referidos condenados pedir desculpas pela situação que os mesmos se encontram.

Com isso, existem ainda outras provas em posse do Serviço de Investigação Criminal (SIC) que a leva a fortes indícios da sua envolvência no crime.

O advogado da miss, Justo Bartolomeu, disse que o processo se encontra em fase de instrução preparatória e a sua constituinte goza da presunção de inocência, aguardando o processo até ao julgamento.

“Houve um interrogatório preliminar no Serviço de Investigação Criminal (SIC), os factos existem como tal, resta procurar saber quem os praticou, quando e como, e depois disso tudo vamos saber se o processo avança ou será arquivado, vai depender do juízo feito pelo Ministério Público (MP)”, explicou.

Não descartou a passibilidade de existir novos interrogatórios, sendo que a próxima audição vai ser com MP, sem data marcada.

 

 

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