Brasil: Empresa do grupo Odebrecht ganha contrato e vai construir “refinaria de petróleo avaliada em mais de 900 milhões de dólares em Angola”

A empresa do grupo Odebrecht dará início as obras da refinaria de petróleo na Angola entre os meses de abril e maio.

A Odebrecht anunciou esta semana que irá erguer uma nova usina de refinaria de petróleo em Angola. A escolhida para realizar as obras foi a OEC, que atua no ramo de engenharia e construção do grupo Odebrecht. A refinaria de petróleo será construída na província de Cabinda, que fica cerca de 30 km ao norte de Luanda, capital da Angola. O valor de contrato está avaliado em US$ 920 milhões e as obras de instalação estão previstas para começarem entre os meses de abril e maio deste ano (2021).

Capacidade da refinaria de petróleo em Angola

A capacidade total da refinaria de petróleo da Odebrecht será de processar em torno de 60 mil barris ao dia de óleo cru, que dará seguimento à gasolina, ao diesel, combustível de aviação, querosene e também ao óleo combustível.

O foco principal desse investimento é reduzir o máximo possível essa dependência que a Angola possui, se tratando de importação dos produtos refinados, bem como alavancar as exportações do país no setor de produção de petróleo.

Ao todo, o projeto se divide em 3 etapas, sendo que a primeira está avaliada em US$ 220 milhões, pois trata-se do aumento da capacidade de refino, com previsão de que seja produzido por dia cerca de 30 mil barris. Os testes iniciais de operação devem iniciar já no primeiro trimestre do ano de 2022. Na próxima etapa, será avaliado o aumento da produção de barris de óleo/dia.

O contrato assinado entre Cabinda Oil e a OEC na sexta-feira (12) sela o compromisso que passam a ter a partir de agora. Os detalhamentos sobre a obra serão divulgados assim que a análise completa de contrato e assinatura final for feita. Serão gerados em média 2 mil empregos diretos e indiretos.

Estatísticas

A Angola é um dos maiores países produtores de petróleo bruto da África, ficando atrás apenas da Nigéria. Em 2018, o volume foi de 3,5 milhões de toneladas de produtos refinados consumidos. 80% dos produtos foram importados, sendo 65% vindo da China.

Visão do grupo Odebrecht para o contrato

Segundo a Odebrecht, o contrato fechado entre OEC e Cabinda Oil é essencial para alavancar seu setor de projetos, já que houve uma grande queda quando o grupo foi enquadrado na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, entre os anos de 2014 e 2015, prejudicando as operações da OEC no Brasil, na América Latina e na África. A expectativa é que esse novo projeto traga melhor visibilidade ao grupo controlador.

 

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