Deutsche Bank financia com “71,8 milhões de euros” dois projetos angolanos da indústria e pescas

As Empresas angolanas Salinas de Calombolo e Alexabre’s House vão beneficiar de financiamentos que somam 71,8 milhões de euros através de uma linha de crédito do Deutsche Bank, para projetos a desenvolver em Benguela, anunciaram hoje promotores e governo.

Com intermediação do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), o projeto Salinas de Calombolo conta com um financiamento de 24,8 milhões de euros para por a funcionar, na província de Benguela, a primeira fábrica de soda cáustica, hipoclorito de cálcio e ácido clorídrico em Angola.

Segundo o diretor executivo do grupo “Adérito Areias”, promotor do projeto Salinas de Calombolo, esta fábrica vai produzir produtos fundamentais para a produção de sabão e para a preparação de água potável, entre outros.

“O país importa cerca de 650 milhões de dólares (601,5 milhões de euros) todos os anos desses produtos, portanto, estamos extremamente satisfeitos porque, se tudo correr bem, dentro de um ano a fábrica estará a produzir”, referiu.

As Salinas Calombolo ocupam aproximadamente 5.000 metros quadrados e vai gerar 32 empregos diretos e permanentes, além de impactar na formação especializada e na criação de oportunidades no mercado de trabalho nacional.

O segundo contrato assinado foi com o projeto Alexandre’s House, igualmente a ser implementado em Benguela, contando com um financiamento de pouco mais de 47 milhões de euros para o fornecimento e montagem de um entreposto para receção, congelação e processamento de pescado no município da Baia Farta.

O secretário de Estado para a Economia, em declarações à imprensa, felicitou os promotores dos projetos pela concretização dos contratos, integrados na linha de crédito do Deutsche Bank, assinada em 2019, e que enfrentava “alguns constrangimentos para se efetivarem os contratos de financiamento”.

Ivan dos Santos salientou que existem já dois projetos em execução, o de produção de açúcar e óleo do grupo Leonor Carrinho, igualmente em Benguela e com financiamento da Deutsche Bank.

“É um bom sinal para a nossa economia real e para a nossa indústria, principalmente para o projeto da Salinas Calombolo, que vai produzir três produtos importantes para questões de saúde pública, produtos que vão auxiliar na purificação da água, na indústria de limpeza e também na indústria de ferro”, frisou.

Segundo Ivan dos Santos, nos últimos quatro anos, o Governo desembolsou cerca de sete mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) para a importação dos três produtos que as Salinas de Calombolo vão agora produzir localmente.

O governante angolano destacou que o segundo projeto vai auxiliar na questão da segurança alimentar, uma área que o Governo tem incentivado os produtores a aderirem e a implementarem as boas práticas para terem acesso à linha da Deutsche Bank.

O projeto prevê a criação de 203 empregos diretos e permanentes, além de impulsionar o setor pesqueiro e a economia regional.

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