EUA: Desmantelada rede que facilitava “registo civil de cidadãos estrangeiros” na província angolana da Lunda-Sul

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) na Lunda-Sul desmantelou uma rede, composta por cidadãos angolanos, que desde há vários meses facilitava o registo civil de cidadãos provenientes da República Democrática do Congo (RDC) e Oeste Africano.

Entre os detidos, segundo fonte do Serviço de Investigação Criminal (SIC), estão 12 brigadistas recrutados pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, que funcionam junto dos postos das administrações municipais, comunais, e aldeias em Saurimo.

O Novo Jornal soube que o esquema foi montado há vários meses, estando, entretanto, vários cidadãos oriundos da RDC e do Oeste Africano a residirem em diversas províncias de Angola que adquiriram a nacionalidade angolana passando pela província da Lunda Sul.

De acordo com o delegado provincial da Justiça e dos Direitos Humanos, Isildo Paulo, o esquema foi desmontado num dos postos de registos civil, quando um cidadão da RDC tentou, de forma fraudulenta, adquirir a nacionalidade angolana.

O responsável, citado pela RNA, referiu que foi a direcção provincial do Ministério da Justiça e na detenção de 12 brigadistas.

“Um cidadão da RDC que tentava adquirir de forma fraudulenta a nacionalidade angolana foi até a um dos postos de registo civil da cidade de Saurimo, onde acabou descoberto e rapidamente encaminhado ao SIC para responder criminalmente”, afirmou.

Isildo Paulo salientou que os cidadãos estrangeiros têm a informação de que adquirir a nacionalidade angolana é fácil em troca de dinheiro.

“Eles (os cidadãos estrangeiros) têm mantido contacto com os brigadistas angolanos, porque sabem que existe facilidade na obtenção do documento em troca de valores monetários”, descreveu, revelando que a direcção provincial do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos notou a presença diária de diversos cidadãos estrangeiros nos postos de registo civil.

“Todos os dias tem-se verificado nos nossos postos a presença de cidadãos estrangeiros de forma a conseguir por vias ilegais a nacionalidade angolana”, concluiu.

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