O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA) enalteceu hoje a medida do Governo sobre a importação de produtos a granel, a partir de 17 de junho próximo, observando que a iniciativa “tarda há 20 anos”.
O líder da AIA, que intervinha hoje na cerimónia de apresentação das novas regras sobre a importação de produtos pré-embalados, considerou que a medida das autoridades “é bem-vinda”, defendendo, no entanto, a “redução dos custos” dos fatores de produção interna.
“É natural que haja que tomar algumas medidas que levem à redução de custos, porque na indústria de embalagens falta um elemento extraordinário que é o papel”, observou.
Segundo o também economista, no fomento da indústria de embalamento, um dos propósitos da medida das autoridades, “poderá haver problema do encarecimento da embalagem local”, pelo que “há que reduzir a carga tributária na importação de papel”.
Pelo menos 15 produtos da cesta básica, entre o açúcar, arroz, farinha de trigo e de milho, feijão, leite em pó, óleo alimentar, ração animal, sal grosso e refinado e outros passarão a ser importados em Angola, em junho próximo, em “big bags” (embalagens de grandes dimensões).
José Severino exortou também o Ministério da Indústria e Comércio angolano a abordar com os operadores do setor o período para a implementação da medida, prevista para 17 de junho próximo, considerando que o prazo “é curto”.
Poupança no custo do embalamento/enchimento na origem, potencial ganho para indústria do setor já instalada, poupança de divisas, criação de empregos diretos e indiretos são apontados pelas autoridades como ganhos com importação de produtos a granel.