Foi – se um grande astro para a cultura angolana

A tristeza hedionda tomou os contornos do coração do povo angolano, desde que caiu por terra o astro da coleção de artes africanas, Sindica Dokolo, tendo -se dirigido à terra do exílio e do silêncio. O jovem Sindica Dokolo, o maior colecionador de artes em África morreu de maneira absolutamente prematura, não teve sequer a primazia de nos honrar em gesto de um à deus fraterno. Fomos tomados todos pelo susto desde o primeiro minuto que chegou ao nosso ouvido a mensagem de sua morte, parecia – nos um conto de fadas, uma anedota, uma mentira, menos uma verdade. Ninguém acreditou na morte do maior astro de colecção de artes culturais em África. África registe, desde então, a maior perda da história, tendo deixado um vazio do tamanho de um oceano. Sindica jamais voltará a nos saudar pela manhã, jamais o veremos num bar onde possamos desfrutar nossas ideias particulares, partiu para a terra do silêncio o maior astro da colecção de artes culturais de África.

África perde um homem que jamais voltará à tê –lo desde o ponto de vista de igualdade. Sindika Dokolo é um homem de personalidade ímpar, incomparável, cujas qualidades não se podiam medir, nem à metro, nem sequer à balança. Foi – se um jovem excessivamente promissor, que tinha muito para o futuro deste continente vazio de bons quadros. Pela ironia do destino, são sempre os bons que partem primeiro, os maus, ficam uma eternidade, mas os bons vão se dizer um único à deus. A magnitude de Dokolo não apresenta comparação possível. Sindica deixa um vazio que jamais o mundo saberá expressar em termos de satisfação às exigências, e, preocupações globais com os novos desafios que forem surgindo no universo. O vazio deixado por Sindica é daquelas coisas que sobrevivem ao tempo. Os angolanos envelhecerão, outros morrerão, mas o vazio deixado por Sindica ninguém saberá cobrir. Ninguém conseguirá expressar a dimensão de pesar que a ferida deixada por Sindica Dokolo imputa aos nossos corações. Foi um jovem cujo futuro era idêntico ao tamanho do universo, falava com toda gente, era simples e excessivamente criativo. Falar com Sindica Dokolo via – se que se estava à falar com um homem inteiro. Falava calmamente, não exaltava emoções, era dos poucos jovens que dava respostas com coerência, quando não tivesse resposta sobre qualquer preocupação que lhe fosse apresentada era humilde em dizer: “Não vejo como lhe responder, mas contacta – me amanhã, ou pela próxima, até lá, encontro uma resposta para esse problema”, era um homem leal as suas palavras e as suas decisões, não é como muito jovens que viciaram – se a estar numa visão dupla, falam A, mas fazem B. Sindica falava apenas o que poderia ser realizado por ele, não era capaz de dizer o que era incapaz de fazer para outrem. Detestava mentir e fazer promessas falsas, como a maior parte dos políticos angolanos faz. Estava – se diante de um astro de tamanho incomum.

O vazio que deixa ninguém em África tem habilidade e idoneidade para cobrir.

Sindica Dokolo era um colecionador de artes incomparável. O País ficou vergado de lágrimas fruto da perda prematura do colecionador de artes e de um brilhante empresário (Sindica Dokolo). Era um jovem munido de força para levar avante as suas ideias reflectidas no mundo empreendedor, mais foi num abrir e fechar de olhos que o azar bateu – lhe às portas, catapultando – o para a terra do exílio e do silêncio. A governação de JLO está marcada de derramamento de sangue inocente, não foi suficiente a morte do ex – Secretário de Estado para o Ensino Superior, Professor Doutor Adão do Nascimento (2018), nada tardou, em 2019 a ex – ministra da Acção Social e Promoção da Mulher, Vitória da Conceição era alvo de um multi – baleamento tendo morrido nos serviços de Cuidados Intensivos da Girassol, 2020 é o tal ano, onde o azar que toma conta da governação de JLO está de forma sistemática à bater às portas dos grandes ícones da sociedade angolana, Luther Rescova morreu envenenado na Clínica Girassol, não tardou Sindica Dokolo acabou morto afogado numa praia do Dubai. Que tipo de governação é essa afinal? Que para além do elevado nível de corrupção, amiguismo, nepotismo e peculato verifica – se também excessivo derramamento de sangue inocente? Que problema tem JLO com a sociedade angolana? Que deixa cair no tapete variados cidadãos? Ainda recentemente a PN atingiu mortalmente dois cidadãos em manifestações, mais de trezentos indivíduos desapareceram fisicamente, dos quais mais de cem foram colocados em cárcere infundados, ainda assim, um médico foi morto por não ter usado uma máscara facial. A governação de JLO está a levar consigo a vida dos nossos irmão, vê – se logo, que género de governação se trata, uma governação diabólica, vinda do inferno, razão mediante a qual JLO fez – se num verdadeiro distribuidor de sonhos falsos feitos pelo dom da mentira.

 

Paz à alma de Sindica Dokolo!

João Hungulo
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