Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que Angola deve prosseguir com reformas e remoção de “subsídios aos combustíveis”

O Fundo Monetário Internacional (FMI) encorajou hoje o Governo angolano a prosseguir as reformas, incluindo a remoção dos subsídios aos combustíveis, para melhor se adaptar aos choques mundiais, sobretudo os do mercado petrolífero.

A vice-diretora do FMI, Antoinette Sayeh, falava aos jornalistas após ser recebida hoje, em Luanda, pelo Presidente angolano, João Lourenço, e saudou as reformas em curso no país lusófono, dando conta que devem continuar.

“Angola, sendo um país produtor de petróleo deverá continuar a fazer face a esse processo (de reformas), porque sabemos que os preços do petróleo são voláteis e Angola precisará, claro, de empreender cada vez mais esforços no sentido de adaptar-se a esses choques”, disse a responsável.

Antoinette Sayeh encorajou também o Governo angolano a “continuar essas reformas, principalmente as iniciadas no ano passado sobre remoção dos subsídios aos combustíveis”.

O processo de retirar os subsídios estatais aos combustíveis teve início em 2023 e prosseguiu neste mês de março, com a retirada de isenções a taxistas, apesar das críticas e reivindicações sobre a realidade social e económica das famílias, que se queixam da subida diária dos bens da cesta básica.

Com o Presidente angolano, a vice-diretora do FMI disse também ter abordado a necessidade de se reforçar os serviços sociais no sentido de apoiar, principalmente, as populações mais vulneráveis, à luz das reformas em curso, “para que elas sintam a presença do Governo”.

“Neste caso, o Governo deverá continuar a ter um bom programa de comunicação sobre a necessidade do empreendimento dessas reformas, assim como reforçar outras áreas necessárias para que as reformas possam refletir na vida dos cidadãos”, assinalou.

A diversificação da economia, o combate à corrupção, “para a criação de um bom ambiente de negócios em Angola”, e as ações em curso em Angola no domínio da educação e capacitação profissional foram temas também abordados no encontro, como frisou Antoinette Sayeh.

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