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Fundo Monetário Internacional (FMI)/Previsões: Economia de Angola acelera para “3,5%” e cresça “3,7%” em 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia de Angola acelere este ano para 3,5% e cresça 3,7% em 2024, com a inflação a cair de 21,4% em 2022 para 11,7% este ano.

No relatório sobre a África subsaariana, divulgado hoje no âmbito dos Encontros Anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), que decorrem esta semana em Washington, o Fundo apresenta várias projeções macroeconómicas para os países da região, prevendo que Angola registe uma significativa descida nos preços ao consumidor, que descem de 21,4%, no ano passado, para 11,7% este ano e 10,8%, em média, no próximo ano.

No que diz respeito à dívida pública, o Fundo Monetário Internacional (FMI) antecipa uma redução do rácio deste indicador sobre o PIB, prevendo que melhore de 67%, em 2022, para 63,3% este ano e 59,2% em 2024, depois de ter atingido o pico de 138,9% em 2020, num contexto de desvalorização do kwanza e de recessão económica motivada principalmente pela pandemia e pela redução do preço internacional do petróleo.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que os países da África subsaariana devem melhorar a gestão financeira, conter a inflação, permitir ajustamentos cambiais e garantir que as alterações climáticas não afastam verbas das despesas básicas.

No relatório sobre a região, divulgado hoje no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial (BM), que decorrem esta semana em Washington, o Fundo elenca quatro prioridades para os governos africanos tentarem ultrapassar os desequilíbrios macroeconómicos num contexto de limitações no financiamento.

“Consolidar as finanças públicas e fortalecer a gestão financeira pública num contexto de difíceis condições de financiamento vai depender de uma contínua mobilização dos recursos, melhor gestão dos riscos orçamentais e uma gestão a dívida que tem de ser mais proativa”, escrevem os peritos do Fundo no relatório, que prevê um crescimento de 3,6% para a África subsaariana este ano e 4,2% em 2024, e que tem como título ‘O Grande Aperto no Financiamento’.

A segunda das quatro prioridades tem a ver com a inflação, que subiu para 105 no ano passado e deverá abrandar para cerca de metade este ano: “A política monetária tem de ser cautelosamente dirigida até a inflação estar firmemente numa trajetória descendente e em linha com as metas do banco central”, lê-se no relatório.

Permitir a flutuação da taxa de câmbio, e ao mesmo tempo mitigar os efeitos adversos na economia, “incluindo o aumento da inflação e da dívida devido a depreciações na moeda” é a terceira tarefa prioritária dos governos da África subsaariana, uma região onde o FMI tem em curso mais de 20 programas de assistência financeira, quase metade dos total dos 54 países da região.

O financiamento climático é a última das áreas prioritárias de ação, na qual o FMI defende que “as alterações climáticas e o financiamento para as combater e mitigar não devem afastar despesa das necessidades básicas”, exemplificando com a saúde e a edução.

PAÍS ………………..PIB…………….INFLAÇÃO…………….RÁCIO DÍVIDA/PIB
Angola………………..3,5……………11,7………………………..63,3
Cabo Verde…………….4,4…………….4,5……………………….120,2
Guiné-Bissau…………..4,5…………….5,0………………………..76,5
Guiné Equatorial………-1,8…………….5,7………………………..26,4
Moçambique…………….5,0…………….7,4……………………….102,8
São Tomé e Príncipe…….2,0……………17,9………………………..54,8
Média da região………..3,6……………14,0………………………..55,5

Fonte: SSA Regional Economic Outlook, abril de 2023

 

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