Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) repudia “comportamento pidesco” da Polícia Nacional de Angola (PNA)

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) anunciou hoje a detenção de alguns dos seus membros no Huambo e repudiou o que disse ser um “comportamento pidesco, rústico e canino” da polícia.

Num comunicado, o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) diz ter tomado conhecimento do comportamento “criminoso” contra jovens que tentavam exercer os seus direitos de reunião e manifestação na província do Huambo (sábado), acusando a polícia de atos “vis e terroristas”.

Em causa está a detenção do secretário provincial do Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), José Sprajeu, que segundo o Movimento sofreu “tortura física e psicológica”, tendo a família sido igualmente molestada.

“Sem mandado judicial, os senhores munidos de armas de fogo e farda de um órgão do Estado efetuaram vários disparos, molestaram a sua filha, apontando-lhe uma arma de fogo na cabeça e levaram o jovem para a cadeia onde permanece até ao momento”, denuncia esta organização.

Dezenas de pessoas foram detidas no sábado em Angola no âmbito de protestos contra a subida dos combustíveis e fim da venda ambulante. Os manifestantes foram reprimidos pela polícia, que usou gás lacrimogéneo e fez disparos, pelo menos em Luanda e Benguela.

A Polícia Nacional de Angola (PNA) acusou a UNITA de envolvimento nos distúrbios, embora o maior partido da oposição angolana não tenha aderido oficialmente à manifestação convocada pela sociedade civil e tenha denunciado através do seu braço juvenil, a JURA, alegadas manobras do regime — suportado pelo MPLA — para culpar a UNITA por eventuais estragos que viessem a acontecer.

A Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) afirma, no comunicado, que foi detido um outro dirigente na Cáala (Huambo), bem como mais dois ativistas.

O Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) exortou a Procuradoria-Geral da Republica, a provedoria de Justiça e a presidência angolana a posicionarem-se diante da “anarquia e violência gratuita no Huambo” e encorajou os seus membros a continuarem a exercer os seus direitos.

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