Partidos e activistas aceitam apelo da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) para “pressionar o MPLA” a implementar as autarquias

O Principal Partido da Oposição angolana, UNITA e o Partido da Renovação Social (PRS), na oposição, e membros da sociedade civil angolana concordam ser necessária uma maior pressão sobre o MPLA, no poder, para que agende a aprovação da lei da institucionalização das autarquias encalhada no Parlamento.

Na quarta-feira, 12, o secretáro geral da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) apelou a uma maior pressão sobre o partido no poder para que aprove a lei das autarquias que, segundo Dom Maurício Camuto, mais é o poder local que vai “melhorar o nivel de vida da população local”.

O presidente do PRS, deputado Benedito Daniel, afirma que o seu partido encontra-se em desvantagem no Parlamento por ter apenas dois deputados, mas procura outras vias.

“Outra forma não existe, o PRS não é presidente de nenhuma comissão, não tem grande responsabilidade no agendamento, por isso eu já o disse, fizemos através das declarações públicas”, afirma Daniel.

Já o grupo parlamentar da UNITA, na voz do deputado Olivio Kilumbo, entende que é necessário intensificar o grau de pressão para que o MPLA agende o debate da lei da institucionalização das autarquias em Angola.

“O MPLA tem a maioria, só depende da boa vontade do MPLA e boa vontade não se insiste… devo dizer que a população também tem uma quota parte nesse debate”, afirma aquele parlamentar.

Para Kambolo Tiaka Tiaka, membro da sociedade civil angolana, a pressão passa pelo abandono do Parlamento por parte das forças politicas da oposição.

“Para mim, o PRS, FNLA e a UNITA já deviam ter abandonado o Parlamento, condicionando qualquer debate à aprovação dessa lei e nós a sociedade fazer vigílias e manifestações”, defendeu Tiaka.

A FMFWorld.Org contactou a Assembleia Nacional, através do vice-presidente da Quarta Comissão, dedicada a Administração do Estado e Poder Local, Paulo de Carvalho, mas sem sucesso.

Os deputados do MPLA, Milonga Bernardo, Nvunda Salukombo, també não responderam aos nossos pedidos de comentários.

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