Portugal: Angola vai gastar mais de “22 milhões de euros” para comprar fertilizantes agrícolas

O Presidente angolano autorizou uma despesa de 17 mil milhões de kwanzas (22,4 milhões de euros) para adquirir fertilizantes no mercado nacional ou internacional para apoiar a campanha agrícola 2021/2022.

O Despacho Presidencial, consultado hoje pela agência Lusa, formaliza também a abertura do Procedimento Dinâmico Eletrónico para a aquisição de fertilizantes agrícolas NPK-12-24-12 sulfato de amónio e ureia para o apoio da campanha agrícola 2021/2022.

Produtores agrícolas familiares, agrupados ou não em cooperativas e associações, serão os principais beneficiários deste apoio do Estado angolano.

Em junho deste ano, o ministro da Agricultura e Pescas de Angola, António de Assis, disse que os produtores vão pagar apenas o diferencial e será o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) a pagar o valor de mercado.

“Essa subvenção tem como objetivo principal tornar um pouco mais fácil a vida dos produtores, principalmente da agricultura familiar, que, como todos sabemos, atravessou, no último ano agrícola, algumas dificuldades relacionadas com o clima e, nalguns casos, excessos de chuvas, noutros estiagens prolongadas, ataques de pragas, que limitaram, de certo modo, a produção final e como tal o rendimento destes produtores”, referiu o ministro na altura.

Angola viu algumas províncias do sul afetadas por uma seca severa, que tentou minimizar com a distribuição de insumos agrícolas, tendo igualmente registado uma praga de gafanhotos em algumas regiões do país, o que causou perdas significativas à produção agrícola.

A agricultura familiar em Angola é a responsável por cerca de 80% da produção agrícola do país, segundo dados oficiais.

“Num outro Decreto Presidencial, o chefe de Estado angolano autorizou um crédito adicional de 10 mil milhões de kwanzas (13,2 milhões de euros) no Orçamento Geral do Estado, para o ano em curso, com vista a suportar as despesas relacionadas com os Projetos do Programa de Investimento Público do Ministério da Agricultura e Pescas”.

O crédito adicional suplementar deve ser disponibilizado em função das necessidades de pagamento e disponibilidade de tesouraria.

 

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