Portugal: Petrolífera Angolana Sonangol deve comprar “empresa de energias renováveis” antes da privatização

A petrolífera Sonangol deve adquirir uma empresa de energias renováveis para desenvolver este negócio e tornar-se mais atractiva para a privatização, defendeu neste domingo (27), a Cedesa, entidade que analisa assuntos políticos e económicos de Angola.

“No momento presente, em que se pretende privatizar a Sonangol numa perspectiva global”, é importante que a petrolífera tenha “tarefas na área das energias renováveis”, diz a Cedesa num documento de análise a que a Lusa teve acesso.

Porque, “para ser uma empresa atractiva para o mercado internacional de acções, a Sonangol deve apresentar-se como adoptando as últimas tendências das petrolíferas, e também seguindo as necessidades da transição energética”, considera o grupo de académicos.

Não abandonando nem menosprezando o seu potencial de crescimento na área da exploração e produção de petróleo, a Sonangol “deve explorar com arrojo as possibilidades combinadas trazidas pelas energias renováveis”, defende a Cedesa.

Mas essa exploração “não deverá começar do zero”, deve sim ter “alguma sustentabilidade e economias de escala”, reforça o grupo de académicos, recordando que já tinha aflorado este caminho em anteriores relatórios, colocando, porém, a hipótese de a Sonangol poder vir a ter uma parceria estratégica com a portuguesa Galp para esta nova área de negócio.

Agora, a Cedesa considera que, se não for “esta a hipótese adoptada”, a petrolífera angolana deve rever “a racionalidade da sua permanência na Galp”.

 

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