O Presidente do Bloco Democrático (BD) deplora a exclusão da maioria dos angolanos nas eleições de Agosto, devido às deficiências do registo eleitoral oficioso e advertiu que até mortos podem votar. Filomemno Vieira Lopes critica registo eleitoral na diáspora e defende integração do partido na Frente Patrótica Unida (FPU).
Filomeno Vieira Lopes defendeu a integração do seu partido na plataforma Frente Patrótica Unida (FPU).
“Há sérias duplicações no registo efectuado no país, criou-se um ambiente, como aconteceu no tempo do fascismo em que até os mortos poderão votar”, disse Vieira Lopes ao falar na reunião na Comissão Política do seu partido, tendo também criticado o registo eleitoral que se fez no exterior.
“Dos 440 mil previstos, apenas 28 mil cidadãos foram registados, a grande montanha pariu um rato, o que leva ao descontentamento da parte da diáspora que não assegura a sua participação política que era desejada”, sublinhou o presidente do Bloco Democrático (BD).
Governo contesta números
Entretanto, os dados avançados não são consensuais.
Fernando Paixão, director do registo oficioso do Ministério da Administração do Território, diz que “não é verdade que eram 440 mil angolanos na diáspora, o número inicial era cerca de 300 mil”.
Aliás, Paixão acrecentou ter sido “um ganho, ninguém pode negar isso, pela primeira vez os nossos concidadãos na diáspora vão poder exercer o seu direito de voto”.
Ainda na reunião da Comissão Política, o presidente do Bloco Democrático (BD) defendeu a integração do seu partido na Frente Patrótica Unida (FPU).
“O Bloco Democrático (BD) vai às eleições com dois propósitos fundamentais e é por isso que estamos na Frente Patriótica Unida, primeiro estabelecer neste país um Estado de Direito e, em segundo, resolver dois grandes problemas da nação, a pobreza e o desemprego”, afirmou Filomeno Vieira Dias.
Além do Bloco Democrático (BD), integram a Frente Patrótica Unida (FPU) a UNITA e o projecto liderado por Abel Chivukuvuku, Pra Já – Servir Angola.
O Presidente da República vai ouvir o Conselho da República na sexta-feira, 3, para depois marcar as eleições.