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Ucrânia: Angolanos que “fugiram da Ucrânia” falam em pânico, terror e racismo

“Eles não queriam que nós subíssemos, por racismo queriam que eles se salvassem e nós não”, disse a angolana Faustina António que chegou hoje a Luanda

Angolanos residentes na Ucrânia, entre eles estudantes bolseiros, que chegaram na madrugada desta segunda-feira, 7, a Luanda, narram sentimentos de pânico, medo, insegurança e racismo vividos logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Entretanto, dos 277 cidadãos acolhidos pela Polónia, apenas 30 embarcaram para Angola, tendo os demais preferido permanecer em solo polaco por sua conta e risco, segundo as autoridades angolanas.

Faustina António e Alírio Mantega descreveram à VOA o ambiente vivido no país até sair da Ucrânia.

António deu voz às denúncias de muitos cidadãos de países africanos que foram alvo de racismo.

“Eles não queriam que nós subíssemos (para sair), por racismo queriam que eles se salvassem e nós não”, disse a angolana que chegou hoje ao país.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores explica que “no âmbito da efectivação do plano de contingência da evacuação dos cidadãos angolanos que se refugiaram na República da Polónia idos do território da Ucrânia, o Governo da República de Angola, através da Missão Diplomática na Polónia, criou condições de recepção de todos os cidadãos angolanos atingidos pelo conflito, tendo até ao dia de ontem, 5 de Março, chegado a Varsóvia 277 cidadãos”.

Entretanto, apenas “30 aceitaram embarcar para Angola, tendo os restantes decidido permanecer em solo polaco por sua conta e risco, o que exonera o Estado angolano de responsabilidades sobre estes cidadãos, excepto apoio consular possível” lê-se na nota.

O Governo aceitou transportar no mesmo avião cidadãos de outros países do nosso continente africano.

 

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