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Angola: Enfermeiros de Luanda ameaçam retomar a “greve suspensa” devido ao alegado incumprimento das promessas

Enfermeiros de Luanda ameaçam retomar a greve suspensa a 22 de Dezembro de 2021 devido ao alegado incumprimento das promessas relativas ao seu caderno reivindicativo feitas pelo Governo. Reunião marcada para 17 de Março pode indicar posicionamento dos enfermeiros.

O secretário-geral Sindicato dos Técnicos de Enfermagem deu a conhecer à VOA nesta segunda-feira, 7, que terminaram os prazos acordados com representantes de três departamentos ministeriais , sem que a maioria das exigências tivesse sido satisfeita.

“Material gastável não existe, alimentação não existe e o Ministério da Saúde não consegue dar resposta às horas acrescidas”, sublinhou Afonso Kileba.

O sindicalista disse que no dia 17 de Março o sindicato vai reunir-se com os seus filiados para fazer o balanço das negociações realizadas nos últimos dois meses e poderá convocar uma assembleia geral dos trabalhadores do ramo para decidir sobre a retoma ou não da greve.

Os enfermeiros da capital angolana suspenderam a greve, que durou dois dias, em finais de 2021 mediante a promessa do Governo Provincial de Luanda de satisfazer as reivindicações em 80 dias.

“A decisão tinha sido tomada durante uma assembleia dos membros do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem na presença de representantes dos ministérios das Finanças, Saúde e da Administração Pública, Emprego e Segurança Social”.

As partes acordaram a integração de representantes do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda na Comissão Técnica de Avaliação das Reivindicações dos Profissionais de Saúde.

“A greve foi igualmente suspensa depois das garantias sobre o cadastro da conta bancária do sindicato no Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE) e da possibilidade de se processar os descontos da quota sindical a partir de Janeiro de 2022”.

Entre as garantias apresentadas estão também esforços para a segurança dos funcionários e de melhoria no fornecimento de medicamentos às unidades sanitárias.

O Ministério da Saúde não reagiu ainda a este novo posicionamento dos enfermeiros.

 

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