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Ucrânia: Geórgia vai solicitar “imediatamente” adesão à UE – Partido no poder

A Geórgia vai pedir “imediatamente” a adesão à União Europeia, indicou hoje o partido no poder nesta ex-república soviética que tem uma relação delicada com Moscovo, após Kiev ter pedido a integração no bloco comunitário face à invasão russa.

O presidente do partido Sonho Georgiano, Irakli Kobakhidze, avançou numa conferência de imprensa a decisão da Geórgia “de fazer imediatamente o ato de candidatura para a entrada na União Europeia (UE)”, acrescentando que Tbilisi pediu a Bruxelas uma consideração “urgente” sobre a candidatura e que conferisse à ex-república soviética o estatuto de país candidato à adesão no bloco comunitário.

Este anúncio segue-se ao pedido formal assinado na segunda-feira pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, cujo país enfrenta uma invasão russa, para que a Ucrânia adira à UE através de um procedimento especial.

O chefe de Estado ucraniano foi apoiado pelo Parlamento Europeu, que na terça-feira aprovou por larga maioria uma resolução a condenar a “agressão” da Rússia contra a Ucrânia e a apelar às instituições da UE a “trabalharem para a concessão à Ucrânia de estatuto de candidato à UE”.

A votação foi amplamente observada na Geórgia — país que em 2008 foi alvo de uma intervenção armada russa que resultou na perda de dois territórios separatistas -, como uma janela de oportunidade para a sua própria aspiração de integrar a UE — um objetivo inscrito na sua Constituição.

O Governo de Tbilisi tinha manifestado no ano passado a sua intenção de se candidatar ao bloco comunitário em 2024.

Tal como a Ucrânia, a Geórgia assinou um acordo de associação com a UE, mas que não oferece nenhuma garantia de maior integração.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades.

As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 100 mil deslocados e pelo menos 836 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.

 

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