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Angola: Polícia Nacional (PN) pronta para garantir a “segurança” durante o período eleitoral este ano

A Polícia Nacional angolana afirma estar pronta para garantir a segurança durante o período eleitoral este ano, com as eleições gerais em agosto. Oposição e sociedade civil pedem imparcialidade por parte da corporação.

Há pouco menos de seis meses para as eleições em Angola, a Polícia Nacional diz estar pronta para os desafios eleitorais. A posição foi defendia este domingo (20.02), durante conferência de imprensa na província do Bengo.

O 2º Comandante do Bengo, José Amaro Franco, elogiou o comportamento dos partidos políticos na província e disse estar pronto para garantir a segurança durante o período eleitoral.

“Somos uma polícia para servir o povo, pelo que não podemos tomar partido, até porque somos apartidários. Estamos prontos para assegurar com êxito e imparcialidade o processo eleitoral”, afirmou Franco.

Oposição e sociedade civil querem “polícia imparcial”

A postura da polícia é enaltecida Bloco Democrático. De acordo com o seu secretário provincial no Bengo, Bento Mussulo, tem havido uma boa colaboração entre as partes.

No entanto, Mussulo lança uma apelo: “Esperamos uma polícia imparcial, isenta e republicana. Que acompanhe todas atividades sem desprimor de um ou outro”.

Por seu turno, quem também quer ver um asseguramento igualitário para os concorrentes durante as eleições gerais de agosto é a Igreja Católica.

O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom José Imbamba diz que a instituição espera transparência por parte das forças de segurança angolanas.

“É nosso augúrio que tais órgãos promovam e asseguram à justiça transparente e garantam a segurança psicológica, física e social dos cidadãos e das instituições”, afirma o líder da CEAST.

MPLA espera boa atuação da polícia

Entretanto, o porta-voz do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, no Bengo, Arlindo Paulo, entende a missão difícil que a polícia tem de garantir o asseguramento em época eleitoral e augura por uma boa atuação da corporação.

“Queremos ver, sim, a polícia envolvida nesse exercício de asseguramento para garantir a proteção das pessoas que acorrerem em atos políticos. Infelizmente, nos últimos dias, sobretudo, em Luanda, acompanhamos alguma intolerância política, não sabemos se por cidadãos instrumentalizados”, lamenta Arlindo Paulo.

Na província angolana do Bengo, a cada um polícia controla mil habitantes e referir que o asseguramento das eleições gerais previstas para agosto próximo faz parte dos grandes desafios da Polícia Nacional, que comemora 46 anos de existência no dia 28 de fevereiro.

 

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