Angola: Secretário de Estado português anuncia “reforço de meios” no consulado em Luanda

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação disse hoje, em Luanda, que Portugal vai reforçar os meios humanos e técnicos no consulado português com vista a melhorar a concessão de vistos.

Francisco André, que terminou uma visita de quatro dias a Angola, anunciou a deslocação a Luanda, nas próximas semanas, do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas com a tutela dos serviços consulares “para concretizar este reforço de meios”.

O governante português que procedia ao balanço da sua visita ao país lusófono africano destacou o esforço contínuo que Portugal tem realizado para melhor a questão da mobilidade entre os dois países.

Segundo Francisco André, desde o início deste mês quando o ministro dos Negócios Estrangeiros visitou Angola “e teve contacto com estas dificuldades no sistema de atribuição de concessão de vistos na parte do consulado, a capacidade de agendamento para a obtenção de vistos já duplicou também”.

“Desde julho a dezembro de 2021, fruto das alterações introduzidas no sistema de funcionamento, processamentos de vistos, aqui no consulado em Luanda a capacidade da emissão de vistos aumentou em cerca de 400%, entre julho e dezembro do ano passado, e eu sei que isso ainda não responde a todas necessidades, a todos os anseios e expectativas dos cidadãos angolanos que se querem deslocar a Portugal”, referiu o governante português.

O governante português frisou ainda que, este ano, também está a ser feito “um grande esforço”, fruto do qual, “no início do ano havia uma capacidade de emissão diária de pouco mais de 60 vistos, que já passou para pouco mais de cerca de 150 vistos à data de hoje”.

“Entre Portugal e Angola e entre todos os países da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa] é um elemento central da nossa relação. Foi tão importante o Acordo da Mobilidade assinado, em Luanda, em julho de 2021, na cimeira da CPLP, projeto proposto por Cabo Verde, abraçados por todos, onde Portugal se envolveu e prestou um apoio político particularmente forte e exigente”, disse.

Francisco André lembrou que a pandemia de covid-19 afetou muito o processo, mas decorrem trabalhos para ultrapassar esses efeitos, o que “significa implementar novos métodos”.

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