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Defesa de “ativistas condenados” por crimes de desobediência na sequência de uma tentativa de manifestação vai recorrer

Quatro dos sete cidadãos detidos quando pretendiam marchar contra restrições impostas aos mototaxistas na circulação em Luanda no passado sábado, 16, foram condenados a dois anos e cinco meses de prisão efetiva pelos crimes de desobediência e residência.

A defesa já disse que vai recorrer por não haver provas contra eles.

Adolfo Campos, Gildo da Silva Moreira, mais conhecido por “Tanaice Neutro”, Hermenegildo André, também conhecido por “Gildo das Ruas” e Abrão Pedro Santos foram condenados na noite desta terça-feira, 19, a dois anos e cinco meses de cadeia efetiva pelos crimes de desobediência e residência.

Eles foram inicialmente acusados de injúria contra o Presidente da República, como explica Daniel Pensador, assinante da carta de protesto enviada ao Governo da Província de Luanda (GPL) e colaborador da Rádio França Internacional, que, entretanto, foi absolvido.

“Há um cartaz que diz, `Joao Lourenço, Incompetente Fora!` Os policias alegam que quando chegaram o Adolfo terá dito caburnachos, não vão nos fazer nada. Essa era a primeira acusação, mas postos ao tribunal, primeiro nos entregaram um advogado oficioso nós negamos,, quando o nosso advogado chegou, quando o Dr Zola chegou, eles alteraram o crime, não era mais injúria contra o Presidente da República, o crime ficou desobediência e residência”, conta aquele jornalista.

Entretanto, o advogado Zola Bambi diz que o referido julgamento foi “político”.

“O recurso é uma obrigação porque eles não cometeram nada que levasse à condenação e não houve provas, por isso o recurso é o passo a seguir desta condenação”, assegura advogado Zola Bambi.

Além de Daniel Pensador, foram também colocados em liberdade dois supostos colaboradores dos serviços secretos infiltrados para o controlo da ação dos manifestantes, Mateus Correia e Gabriel Liberdade.

Eles foram inicialmente acusados de injúrias ao Presidente da República, acusação que foi retirada no trbiunal.

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