Governo de Angola arrecada “18,2 milhões de dólares” com venda em leilão de oito diamantes, onde participaram 25 empresas

O Governo de Angola arrecadou 18,2 milhões de dólares (16,5 milhões de euros) com a venda, hoje, de oito diamantes, num leilão onde participaram 25 empresas das principais praças diamantíferas mundiais, anunciou a Sodiam.

Num comunicado de imprensa, a Empresa Nacional de Comercialização de Diamantes (Sodiam) referiu que foram licitadas produções de diamantes especiais das Sociedades Mineiras do Lulo, Somiluana, Chitotolo e Uari.

A empresa realçou que, das 20 pedras anunciadas inicialmente a 22 de novembro, apenas 12 foram licitadas, tendo oito pedras da Sociedade Mineira do Uari sido retiradas por decisão da mina.

A empresa pública destacou que este leilão foi realizado numa altura em que as condições macroeconómicas e a demanda no mercado internacional de diamantes são ainda de recuperação.

As sessões de avaliação decorreram entre os dias 04 e 07 deste mês, nas instalações da Sodiam, em Luanda, tendo a apresentação de propostas sido feita até às 10:00 de hoje por via eletrónica.

Do conjunto dos 12 diamantes licitados, foram vendidas oito pedras especiais, o correspondente a 646,52 quilates, das quais quatro da Sociedade Mineira do Lulo, que renderam cerca de 17 milhões de dólares (15,4 milhões de euros), duas da Sociedade Mineira do Somiluana, que renderam 843,3 mil dólares (767,7 mil euros) e duas da Sociedade Mineira do Uari, que renderam 289,5 mil dólares (263,5 mil euros).

De acordo com a nota, as restantes quatro pedras em licitação foram retiradas por iniciativa das Sociedades Mineiras do Chitotolo e Uari, porque as ofertas estavam muito abaixo do preço de reserva, em cumprimento do Regulamento Técnico de Comercialização de Diamantes em vigor.

“Caso tivessem sido atingidos os preços de reserva, representariam uma receita adicional de 1,6 milhões de dólares (1,4 milhões de euros)”, salientou a Sodiam no comunicado.

O presidente do conselho de administração da Sodiam, Eugénio Bravo da Rosa, citado no comunicado, disse que “o mercado e a indústria diamantífera global continuam em clima de recuperação da demanda, sendo que as principais praças diamantíferas têm começado a reagir de forma mais positiva”.

“Contudo, Angola vai realizando vendas regulares apesar dos baixos preços. O presente leilão vem efetivamente permitir-nos aferir o sentimento do mercado, que apresenta uma ligeira melhoria no preço médio por quilate, para determinadas categorias de pedras com valor e características excecionais”, frisou.

Há cerca de três meses, o presidente do conselho de administração da Endiama, diamantífera angolana, prognosticou 2023 para setor diamantífero angolano um ano “muito mau”, com o mercado da Índia, recetora de mais de 90% da produção nacional, encerrado até o mês em curso.

“Esta é a nossa realidade, estamos a produzir, não parámos, não estamos a vender conforme devíamos, mas temos que ser resilientes e aguentar, por isso é que os resultados este ano não vão ser muito bons”, vincou.

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