A Administração da Transportadora Aérea de Angola (TAAG) disse hoje que a rota Luanda-Lisboa é importante para a companhia, sem divulgar números, e avançou que está a crescer “fortemente” no mercado brasileiro.
A presidente do conselho de administração, Ana Major, falava no ato de apresentação dos resultados da TAAG em 2022, frisando que a rota Luanda-Lisboa “não é de menosprezar”, sem adiantar pormenores por ser “um dado competitivo” que não pretendia partilhar.
Pelas mesmas razões, a presidente da administração da Transportadora Aérea de Angola (TAAG) escusou-se a responder se iria ser retomada a ligação ao Porto, que desde a pandemia de covid-19 deixou de ter voos de ligação diretos a partir de Luanda, obrigando os passageiros que voam a partir de Angola a ir a Madrid e apanhar outro voo para a cidade do Norte de Portugal.
“A questão do volume nem sempre é percetível, para quem está do outro lado, a noção do volume que justifica de facto a abertura das rotas. Há todo um trabalho de racionalização que é feito, para nós determinarmos se devemos ou não abrir uma rota”, disse Ana Major.
Por sua vez, o presidente-executivo da Transportadora Aérea de Angola (TAAG), Eduardo Fairen, disse que a empresa tem avaliado o desempenho das rotas e novas oportunidades.
“O Porto é um desses destinos que temos em consideração, carregámos há pouco no sistema o tema do Natal, esses voos já estão disponíveis e vamos vendo qual é o momento, em volume e receita, que faz sentido entrar numa rota ou outra”, sublinhou.
Segundo Eduardo Fairen, a Transportadora Aérea de Angola (TAAG) no seu plano estratégico de negócio está “atenta” ao volume de receitas gerados em determinada rota, “porque voar numa rota para perder [dinheiro] é praticamente insustentável”.
“As quantidades de dinheiro que se pode estar a perder são enormes e custa muito tempo recuperá-las, assim temos uma pressão sobre a parte comercial para dar resultados e estar a olhar constantemente para novas rotas e ver se faz sentido mantê-las”, disse.
Eduardo Fairen salientou que o mercado doméstico “está a funcionar muito bem” e querem aumentar a capacidade de resposta, “porque a demanda é muito alta”.
Já nos mercados regionais, a empresa planeia operar, com a entrada em funcionamento do novo aeroporto internacional de Luanda António Agostinho Neto, entre 20 e 25 destinos em África.
“E no mercado intercontinental, estamos a crescer fortemente no mercado brasileiro e agora com o acordo com a Gol isso vai-se reforçar e abrimos parceria com a Iberia para termos mais de cem conexões com outros destinos da Europa, que anteriormente não dispunhamos através de Lisboa”, referiu o CEO da TAAG.
De acordo com Eduardo Fairen decorrem conversações com mais parceiros face ao crescimento e a melhoria da credibilidade internacional da empresa: “Há um interesse maior de partilhar a posição privilegiada que tem Angola, não só na região como também a nível tráfico intercontinental entre Ásia e América do Sul, nomeadamente”.