O MPLA, partido no poder em Angola, submeteu hoje no Tribunal Constitucional (TC) a sua candidatura para as eleições gerais do dia 24 de agosto deste ano, com um número de subscrições que ultrapassaram as 15.000 exigidas por lei.
O processo, organizado em 212 pastas, foi entregue pelo mandatário Pedro Neto, que esteve acompanhado pela vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Luísa Damião, pelo secretário-geral do partido, Paulo Pombolo, e outros dirigentes da organização política, entre os quais a candidata a vice-Presidente da República, Esperança Costa.
Em declarações à imprensa, Luísa Damião disse que foi realizado um “aturado trabalho, desde a recolha das subscrições, à documentação das candidaturas a deputados”.
“Temos um número superior do que a lei prevê, isto denota, de uma forma clara e evidente, que o nosso partido é um partido organizado, trabalha sempre na antecipação”, referiu.
O MPLA é o primeiro partido que entregou no Tribunal Constitucional (TC) a sua candidatura, sendo esta uma demonstração, segundo Luísa Damião, de que o MPLA é “um partido sério”.
“Somos um partido organizado, que trabalha sempre na antecipação, somos um partido que não trabalha só quando há eleições, o nosso partido está em constante movimento, trabalhamos a todo o tempo, no sentido de reforçarmos o nosso trabalho político e o resultado está aqui”, salientou.
Segundo Luísa Damião, o partido fez “um bom trabalho, marcado pelo rigor e muita responsabilidade”.
“Agora aguardamos que o Tribunal Constitucional (TC) faça a sua parte e notifique o nosso partido, mas estamos seguros que cumprimos bem o nosso papel e que a nossa candidatura vai ser validada”, realçou.
Relativamente aos candidatos a deputados à Assembleia Nacional, a vice-presidente do MPLA disse que são 355 candidaturas, “com os documentos que a lei exige”.
Questionada sobre se houve reajustes à lista de candidatos a deputados à Assembleia Nacional, Luísa Damião disse que foi aprovada uma resolução, apenas “à cautela”.
“Depois de nós entregarmos ao Tribunal Constitucional (TC), se algum documento não estiver em condições – que nós pensamos que quase todos estão -, mas pode acontecer um ou outro problema e nós, ao abrigo desta resolução, podemos fazer o que for necessário, foi só por isso”, referiu.
A vice-presidente do MPLA sublinhou que a lista do partido abarca figuras da sociedade civil, militantes destacados do partido “e que vão dar o seu melhor contributo no parlamento angolano”.
O mandatário, em declarações à imprensa, frisou que a província com o maior número de subscrições foi a Lunda Norte, realçando que “o importante é que todas as províncias cumpriram com aquilo que era exigido, que são 500 a 550 assinaturas ao nível dos círculos provinciais e a nível do círculo nacional de 5.000 a 5.500”.
Angola vai realizar as suas quintas eleições gerais, a partir de 1992, e as quartas consecutivas, desde 2008, no dia 24 de agosto deste ano, estando legalizados pelo Tribunal Constitucional (TC) oito partidos políticos e uma coligação.