EUA: Empresária angolana Isabel dos Santos “abandonada” por ex-colaboradores

A empresária angolana Isabel dos Santos vem-se manifestando desapontada  com aqueles que foram os seus principais apoios, na advocacia e gestão, sobretudo em Portugal, e que quase sem excepção se afastaram de si, a nível profissional e, nalguns casos, cortando relações pessoais.

Segundo o Newsletter Àfrica Monitor, diante desta situação, a filha do ex-presidente angolano conta doravante com um novo representante em Portugal. Trata-se do advogado e político português Marco António Costa.

Ex-responsável pelo Grupo de Trabalho para a CPLP dentro do Partido Social Democrata, Marco António Costa, tem cultivado relações empresariais lusófonas, sobretudo as que possibilitem acesso a rendimentos, e indiferente à reputação dos indivíduos em causa. Foi afastado de cargos no PSD pelo presidente do partido, Rui Rio, e das listas de candidatos do partido, de que chegou a ser vice-presidente.

No passado,  foi também nomeado Conselheiro para o Sector da Energia do presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), Salimo Abdula, antigo associado do ex-PR moçambicano Armando Guebuza.

Ex-vice presidente da Câmara Municipal de Gaia, p advogado e político não tem currículo na área da Energia.

De acordo com o África Monitor, na actual conjuntura política portuguesa, e dada a sua rejeição por grande parte do “establishment” partidário, mesmo no seu próprio partido, Marco António Costa não possui condições para fazer “lobby” a favor de Isabel dos Santos,  pelo que os serviços a prestar se resumirão ao plano jurídico.

“Até Janeiro de 2020, altura em que uma fuga de informação com mais de 715 mil documentos analisados por 120 repórteres dos maiores órgãos de comunicação social de todo o mundo, denominado Luanda Leaks, que revela como a filha do ex-Presidente fez chegar pelo menos 115 milhões de dólares dos cofres da Sonangol a uma sociedade do Dubai controlada por pessoas próximas, os gestores mais mediático da equipa de Isabel dos Santos em Portugal eram  Mário Leite da Silva, o economista que Isabel dos Santos foi buscar ao grupo Amorim em 2006, e que foi por muitos  anos o seu braço direito; advogado Jorge Brito Pereira, sócio da Uría Menéndez Proença de Carvalho; o ex-ministro das Finanças português, Fernando Teixeira dos Santos, e o ex-presidente da CGD e ex-administrador do BPI, António Domingues, que também teve passagem pelo BFA”.

Havia outros gestores associados a Isabel dos Santos menos conhecidos como, por exemplo, Catarina Tavira Van-Dúnem, Vanessa Ferreira Loureiro, Rui Lopes ou António Carreira Teles, que saiu da Sonangol para a NOS.

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