Angola: Medidas da equipa económica afugentam investidores

Chefiada por Manuel Nunes Júnior,  as políticas e medidas da equipa económica do Governo têm vindo a gerar reservas junto de investidores, quando avaliadas em comparação com outros países africanos com perspectivas económicas mais favoráveis.

Segundo a África Monitor,  as principais tendências inibidoras do investimento estrangeiro identificadas, prendem-se pelo facto de o país manter uma economia centralizada e planificada ao nível do Estado, a volatilidade de políticas da equipa coordenação económica; carga fiscal elevada, desorganização ao nível e organismos catalisadores de investimento.

Apesar de esforços do Governo, adianta a fonte, continuam por reativar as relações bancárias correspondentes em USD, suspensas pela Reserva Federal dos EUA em 2015, devido a falta de cumprimento pela banca angolana das regras internacionais anti-branqueamento de capitais.

A suspensão, acrescenta o boletim editado em Lisboa,  agravou a escassez de divisas estrangeiras causada pela queda no preço do petróleo, e acentuou a desvalorização do kwanza.

No âmbito dos esforços do Governo para repor as relações bancárias correspondentes, encontra-se já em vigor a nova Lei de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais, Financiamento do Terrorismo, que substitui a anterior, de 2011.

Além de os esforços de reanimação da economia terem falhado, as perspectivas para 2020-2021 deverão degradar-se devido ao abrandamento da economia mundial (efeito do impacto da epidemia “Coronavirus”), com consequências no preço do petróleo.

O empresariado nacional está descapitalizado e o Estado, empobrecido e endividado, não dispõe de recursos capazes de o levar a lançar investimentos públicos geradores de emprego.

A taxa de endividamento externo ronda os 100% (62% há 4 anos) e a grandeza das reservas internacionais líquidas encontra-se em constante depreciação.

O investimento privado estrangeiro é geralmente visto como “única possibilidade” de promover o desenvolvimento de sectores da economia produtiva (agricultura, indústria), potencialmente capazes de compensar os efeitos da desvalorização da indústria petrolífera.

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