Angola: Ativista questiona “silêncio” de Rafael Marques sobre a situação política de Angola

JLo e o paradoxo da Nova Era: A passagem de Horácio segundo a qual “a força sem discernimento sob o seu próprio peso colapsa” é uma das frases que me consola sempre que procuro refletir sobre Angola, diz Hitler Samussuku.

Por vezes, refere também, quando reflito sobre como éramos e como estamos questiono-me o que mais precisamos fazer para invertemos a pirâmide.

A título de exemplo, o activista indicou que, nos últimos 4 anos os rappers angolanos, nomeadamente MCK, Brigadeiro 10 Pacotes e Kid Mc que acostumaram o povo com rimas anti-sistema que fortificavam a sua desobediência parece que perceberam das virtudes do silêncio e hoje cantam calados.

Indicou por outra, Rafael Marques que era há quatro anos, segundo Hitler, o maior defensor dos Direitos Humanos parece que percebeu que ao longo deste tempo todo estava errado ou o problema era apenas José Eduardo dos Santos e a sua família.

“É impressionante como é que neste contexto em que temos muito mais associações cívicas, muito mais manifestação, muitos activistas e até bibliotecas comunitárias, o país regrida a cada novo dia”, ora se não vejamos:

– A demissão do juiz Presidente do Tribunal Constitucional;

– A revisão da Constituição de acordo com a vontade do Presidente da República;

– A aprovação da Lei Orgânica sobre as eleições;

– A monopolização dos meios de comunicação social pública;

– O silêncio de rappers, jornalistas e líderes associativos ou ONG’s;

– A demarcação da institucionalização das Autarquias locais”, conforme o activista.

Na sua opinião, o país deu um passo em frente e dois passos atrás, o que para algumas pessoas o país está melhor, quando para outras o país retrocedeu consideravelmente.

“Eu faço parte deste segundo grupo. Pois acredito que estamos cada vez mais a adiar o desenvolvimento de Angola com caprichos ditatórias que visam unicamente a manutenção do Poder Político”, apelou.

A dívida pública, observou igualmente, cresce de forma galopante, a pobreza atinge proporções alarmantes e o pior de tudo é que há registos de angolanos a morrerem de fome e outros a comerem nos contentores de lixo, o desemprego assola cada vez mais os jovens e muita gente atinge a terceira idade sem nunca ter um único emprego formal na vida.

Para o MPLA, de acordo com o activista cívico, o que interessa é a manutenção do Poder e para isso todas as estratégias são necessárias nem que para isto custe sangue, suor e lágrimas.

“O azar dos angolanos reside na abundância de recursos naturais, a posição estratégica, a vasta orla marítima e dirigentes políticos totalmente desinteressado ao povo”, considerou Hitler Samussuku.

 

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