Os dois principais partidos angolanos, MPLA (no poder) e UNITA (oposição) assinalaram hoje o Dia Internacional da Mulher, feriado em Angola, com declarações alusivas à data, destacando a importância da participação feminina nas eleições previstas para agosto.
O Bureau Político do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) sublinha a crescente capacidade da mulher angolana em assumir posições de liderança e chefia “apesar dos resquícios da herança histórica que fragilizam a mulher” e salienta que sob a orientação do partido “Angola tem estimulado o processo da emancipação da mulher angolana”
Manifesta igualmente “confiança” na participação das mulheres nos próximos desafios políticos, com realce para as eleições gerais de agosto de 2022, lembrando a necessidade de atualização do registo eleitoral para o exercício do direito de voto.
Na mesma linha, também o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA “exorta todas as mulheres maiores de idade, a atualizarem o seu registo eleitoral, nestes 23 dias que faltam, habilitando-se, desta forma, ao exercício do voto em agosto de 2022”.
A União Nacional para a Independência Total aponta ainda as consequências “imprevisíveis” quando “uma parte do nosso planeta vive uma guerra atroz cujas” exortando as mulheres do mundo inteiro “a unir as suas vozes e a usar do seu talento feminino para apelar as partes à paz pela negociação e pelo respeito ao direito internacional”.
A UNITA aborda também o papel do partido no reconhecimento da mulher na sociedade angolana e exprime solidariedade às “heroínas da história de Angola”, figuras destacadas ou anónimas.
“Tal como foi decisivo o seu papel, em todas as etapas de evolução da sociedade, a UNITA está plena de convicção sobre o imperativo da alternância do poder em Angola, a realizar-se de forma ordeira, responsável, pacífica e inclusiva contando grandemente com a participação da mulher”, assinala o partido do “Galo Negro”.