COP26: João Lourenço assume “modelo de desenvolvimento de baixo carbono” e traça metas

O Presidente angolano afirmou que o seu país definiu a sua contribuição concretizada na redução da intensidade de carbono na produção de energia eléctrica num horizonte até 2025 e traçou acções complementares no domínio da gestão sustentável das florestas, transportes e agricultura. Presidente angolano compromete-se com uso de 70 por cento de energias renováveis até 2025.

Ao discursar nesta terça-feira, 2, na Conferência do Clima, COP26, que decorre desde ontem em Glasgow, João Lourenço revelou o compromisso do seu Governo de usar 70 por cento de energias renováveis até 2025.

Ele destacou que o seu Governo privilegia “a produção e consumo da energia limpa proveniente das barragens hidroelétricas existentes e outras por construir, assim como mais fontes renováveis de energia, com destaque para projectos de produção de energia fotovoltaica como parques solares, que vão reduzir o consumo de combustíveis fósseis na produção de energia eléctrica”.

“Actualmente a matriz energética nacional já incorpora 62% de fontes não poluentes de energia, ambicionando chegar a 70% em 2025”, acrescentou Lourenço, quem indicou a aprovação da Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2021-2035, que visa “alcançar os objectivos preconizados no Acordo de Paris”.

“O meu Governo aprovou mais recentemente um importante pacote legislativo ambiental, instrumentos que serão determinantes na luta contra as alterações climáticas”, adiantou também o Chefe de Estado angolano.

Lourenço sublinhou o empenho do seu Governo com a assinatura em Setembro, em Washington, Estados Unidos, de um convénio com o Fundo Internacional de Conservação (ICCF), “para a conservação dos parques do Luengue-Luiana e Mavinga, para a protecção da vida selvagem animal e vegetal e desenvolvimento do turismo internacional sustentado”.

Na curta intervenção no segundo dia da COP26, João Lourenço realçou que as alterações climáticas constituem “um dos maiores desafios que enfrenta a Humanidade, pelo conjunto de efeitos directos e indirectos que causam à vida económica e social das nações, facto que constitui um verdadeiro desafio ao desenvolvimento”.

Por isso, em nome do Governo de Angola, ele sublinhou “abraçamos a causa da protecção e repovoamento dos mangais através de uma campanha nacional de replantação de mudas de mangue ao longo da extensa orla marítima nacional”.

“Reiteramos a firme vontade e determinação de Angola continuar comprometida com a acção climática e com a adopção de um modelo de desenvolvimento de baixo carbono”, concluiu o Presidente angolano na Conferência do Clima que pretende assegurar compromissos a nível global em torno de medidas efectivas e realizáveis para enfrentar as mudanças climáticas.

Antes de Lourenço, discursou o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e ainda hoje são esperadas as intervenções dos primeiros-ministros de Moçambique, Carlos Agostinho do Rosário, e de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva.

O Presidente de São Tomé e Príncipe também participa na conferência, mas o momento da sua intervenção não foi ainda revelado pelo Gabinete de Carlos Vila Nova.

 

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